2.9.12

Língua de fora

Na crítica de António Guerreiro a Deitar a língua de fora, da editora Língua Morta, não há uma palavra sequer sobre a qualidade dos poemas que compõem o volume. O crítico do Expresso escreve sobre os critérios de organização, a escolha do título e a dimensão geral do livro - uma dimensão ética e política que procura frases verdadeiras, refutando um lirismo vago que não interroga o seu tempo. A mesma tecla, basicamente, dos poetas sem qualidades, mas com um tom ainda mais desafiante e quase rancoroso. A dada altura diz que há 29 poemas de 10 autores, mas acerca da qualidade dos respectivos poemas não há uma palavra. Era principalmente isso que me podia interessar na crítica, mas ou António Guerreiro se esqueceu de falar dos poemas ou não o achou essencial.

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